Breve histórico da pesquisa em nanotecnologia e nanomateriais

No Brasil, assim como em outras partes do mundo, a pesquisa científica na área de nanotecnologia teve início há duas décadas e continua a se desenvolver. A área de pesquisa em nanocarbonos, especificamente, está estruturada em um grupo nacional, o INCT Nanocarbono, composto por acadêmicos (de diversas instituições) e de empresas (Nacional de Grafite e Magnesita) desde 2008. Dando prosseguimento à cadeia de desenvolvimento com o intuito de promover o desenvolvimento de nanoprodutos e conectando-se com o mercado, o Brasil possui hoje três importantes iniciativas – o CTNano, o MGgrafeno e o MackGraphe. Em escala pré-industrial, estas iniciativas produzem nanotubos de carbono e grafeno, de tipos diversos e qualidade competitiva internacionalmente.

Tendo em vista publicações científicas e os esforços internacionais em tentar elucidar as dúvidas relacionadas aos riscos das nanopartículas por aqui também surgiram algumas preocupações. Quais os riscos que estes nanomateriais trazem à saúde e ao meio ambiente? Como trabalhar com estes nanomateriais neste ambiente de incertezas e ainda assim minimizar os riscos ocupacionais e ambientais do trabalho com eles? Ainda, qual o caminho que a regulamentação na área tomaria? Seria estabelecido o marco legal da nanotecnologia?

Destas discussões e esforços, em 2015, o Brasil passou a integrar oficialmente a lista de países integrantes do projeto europeu NanoReg (projeto sobre pesquisa para regulamentação em nanotecnologia). Por dois anos, oito laboratórios brasileiros participaram do projeto, analisando a ecotoxicidade de nanomateriais já utilizados em produtos e fornecendo dados para um repositório internacional.

Cenário atual da pesquisa em nanotecnologia e nanomateriais no Brasil

Atualmente, o CTNano e o MGgrafeno possuem pesquisadores dedicados à área de segurança, meio ambiente e saúde. Eles executam pesquisas e estabelecem processos de monitoramento de nanocarbonos no ar, tratamento de resíduos líquidos contendo estes nanomateriais, dentre outros. Estas frentes de trabalho funcionam como setores de uma empresa, desta forma, o desenvolvimento dos nanomateriais é acompanhado de perto, e são desenvolvidas formas de minimizar os riscos ambientais e ocupacionais dos nanomateriais que estão sendo produzidos e/ou manipulados.

Nasce a Nanos!

A Nanos é um fruto deste contexto. Foi assim que tudo começou. Fomos integrantes deste grupo de pesquisa em nanocarbonos por alguns anos e trabalhamos com dedicação nestas iniciativas. Por isso, sabemos que podemos entregar soluções para potencializar o desenvolvimento otimizado, seguro e sustentável da nanotecnologia!